Em entrevista à Antena 1, a ministra da Justiça diz esperar que a crise europeia não se agrave, já que isso colocaria em causa a reposição dos subsídios, mesmo após 2014.
Paula Teixeira da Cruz sublinha que as medidas de austeridade impostas pelo Governo são "o único caminho possível" e garante que esta via "não é perigosa, porque não está afetado o núcleo essencial de direitos, liberdades e garantias" e nega que a Constituição esteja suspensa, referindo-se à polémica decisão do Governo de suspender os subsídios e as reformas antecipadas, assinalando que "há uma alteração de circunstâncias que faz com que, infelizmente, não haja dinheiro para continuar a pagar" os subsídios.
Admite que seria "uma catástrofe" se o Tribunal Constitucional chumbasse o Orçamento do Estado por causa dos cortes nos salários e nos subsídios referindo que esse chumbo levaria Portugal a uma situação de incumprimento do programa de assistência financeira, o que poderia conduzir o país a "uma profundíssima recessão, maior que a que estamos a atravessar neste momento", semelhante à que a Argentina sofreu há alguns anos.
Nesta entrevista à editora de Política da Antena 1 jornalista Maria Flor Pedroso, Paula Teixeira da Cruz fez questão de prestar um "tributo profundo a todos os profissionais e a toda a função pública pelos sacrifícios que estão a suportar".
2012-04-20
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