quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

JUSTIÇA JOANA MARQUES VIDAL DIZ QUE MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO É POLÍCIA

"Poderes suficientes" 

Procuradora-geral alerta para agravamento de problemas de famílias devido à crise 

DÉBORA CARVALHO 

O Ministério Público (MP) não é uma polícia. Dirige investigações" sublinhou ontem a procuradora-geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, em resposta ao advogado Daniel Proença de Carvalho, que diz que o MP devia "deixar de fazer investigação direta e ser polícia". 

Numa conferência em Lisboa - 'Estado Social: A Justiça - Que Futuro?' - a PGR admitiu que, em termos de organização "há bastante a melhorar" no MP, mas contestou frontalmente as críticas do advogado. Mais, ao contrário do seu antecessor, Joana Marques Vidal afirmou: "Tenho poderes suficientes e adequados para coordenar." A magistrada alertou ainda para o agravamento de problemas relacionados com a família e menores em situação de crise económica. 

Já Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, considerou que se assiste a "uma regressão no sistema de justiça" e que "há magistrados do Ministério Público a mais, em comparação aos restantes países da União Europeia" A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, também presente no debate, afirmou que ainda existe "muita irresponsabilidade por parte de todos os profissionais forenses e que a nova arquitetura do sistema judiciário precisa de agentes claramente responsabilizados". 

Correio da Manhã 2013-01-24

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