"Poderes suficientes"
Procuradora-geral
alerta para agravamento de problemas de famílias devido à crise
DÉBORA CARVALHO
O Ministério Público (MP) não é uma polícia. Dirige
investigações" sublinhou ontem a procuradora-geral da República (PGR),
Joana Marques Vidal, em resposta ao advogado Daniel Proença de Carvalho, que
diz que o MP devia "deixar de fazer investigação direta e ser
polícia".
Numa conferência em Lisboa - 'Estado Social: A
Justiça - Que Futuro?' - a PGR admitiu que, em termos de organização "há
bastante a melhorar" no MP, mas contestou frontalmente as críticas do
advogado. Mais, ao contrário do seu antecessor, Joana Marques Vidal afirmou:
"Tenho poderes suficientes e adequados para coordenar." A magistrada
alertou ainda para o agravamento de problemas relacionados com a família e
menores em situação de crise económica.
Já Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates,
considerou que se assiste a "uma regressão no sistema de justiça" e
que "há magistrados do Ministério Público a mais, em comparação aos
restantes países da União Europeia" A ministra da Justiça, Paula Teixeira
da Cruz, também presente no debate, afirmou que ainda existe "muita
irresponsabilidade por parte de todos os profissionais forenses e que a nova
arquitetura do sistema judiciário precisa de agentes claramente
responsabilizados".
Correio da Manhã 2013-01-24
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