por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa revelou hoje que ficaram em prisão preventiva seis dos 11 detidos nos últimos dias por furto de cobre nas linhas subterrâneas inativas da Portugal Telecom (PT) na área da Grande Lisboa.
Os arguidos, diz a Procuradoria na sua página na Internet, "ficaram em regime de prisão preventiva por receio fundado de continuação da actividade criminosa, de fuga e de perturbação da investigação, estando fortemente indiciado que os arguidos organizaram uma estrutura criminosa "destinada ao furto de cabos de cobre da linha telefónica existente nos traçados subterrâneos da área metropolitana de Lisboa" pertença da PT.
"Em conjugação com os arguidos intermediários e angariadores procediam à comercialização criminosa deste metal, cuja escassez e procura conheciam, fazendo-o com elevados proventos económicos para o grupo, e com dano para a empresa e para o consumidor dos serviços prestados", nota a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
A GNR anunciou hoje na sexta-feira a detenção de 11 suspeitos de pertenceram a uma organização criminosa que se dedicava ao furto de cobre nas linhas subterrâneas inativas da PT na Grande Lisboa.
Os detidos faziam parte de uma organização criminosa, constituída na sua maioria por brasileiros, que conseguiram "êxitos consideráveis nesta prática criminosa, fruto da vasta experiência adquirida enquanto (antigos) funcionários das empresas subempreitadas pela PT", revelou a GNR.
Para concretizar os furtos, o grupo deslocava-se às caixas de visita permanente da PT, munido de uma carrinha tipo furgão, adaptada com um fundo falso (alçapão), efetuando de seguida as operações de corte e carga dos fios de cobre.
Segundo a GNR, o grupo era ainda composto por elementos que se dedicavam à separação de todos os componentes dos fios de cobre e por outros que procediam à recetação do material furtado, normalmente empresas de resíduos industriais, que faziam a introdução no mercado lícito deste tipo de metais não preciosos.
"Só este ano, as transações realizadas por alguns elementos do grupo, com esta atividade criminosa, ascendem a mais um milhão de euros", salienta no comunicado.
No âmbito da operação "Linha Segura", a GNR apreendeu ainda na madrugada de hoje aproximadamente 20 toneladas de cobre e chumbo, 10 mil euros em numerário, nove viaturas e diversa maquinaria industrial pesada no distrito de Lisboa, informou a Guarda Nacional Republicana em comunicado.
Diário de Notícias, 4.6.2013
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