Público
- 11/03/2013 - 14:16
Procuradora-Geral da República deu posse ao novo director do
DCIAP e confirmou que Cândida Almeida irá continuar no Ministério Público.
A
procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, falou nesta segunda-feira
na necessidade de as investigações serem feitas “em tempo útil e razoável”, de
forma a permitirem “a reconquista da confiança do cidadão na justiça”.
Na
tomada de posse do novo director do Departamento Central de Investigação e
Acção Penal (DCIAP), Joana Marques Vidal declarou-se convicta de que a anterior
responsável pelo combate à corrupção e à grande criminalidade
económico-financeira, Cândida Almeida, compreendeu como “a mudança de pessoas
constitui factor essencial do normal funcionamento de qualquer instituição,
reflectindo [...] a sua vitalidade”.
De resto, referiu, Cândida Almeida irá continuar a trabalhar no
Ministério Público, “no exercício de outras funções igualmente relevantes”.
Quais, não disse. A própria escusou-se a prestar quaisquer declarações aos
jornalistas durante a cerimónia.
Também o recém-empossado director do DCIAP, Amadeu Guerra,
reconheceu que o sistema judicial se encontra abalado por uma crise de
credibilidade de confiança.
Revelando que não lhe foi fácil aceitar o convite para o cargo e
estar ciente das dificuldades que vai encontrar, o magistrado de 58 anos
admitiu que a sua vida irá sofrer uma mudança: “Sou defensor de uma actuação
discreta e assim pretendia continuar. Estou consciente de que a direcção do
DCIAP tem uma certa notoriedade pública, na medida em que aqui são investigados
processos de especial complexidade e relevância social, cujos resultados são
determinantes para aprofundar a defesa da legalidade enquanto componente
essencial do Estado de direito”.
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