"A PGR está atenta, a analisar as notícias publicadas e a
recolher elementos que complementem os que, de forma genérica, foram até ao
momento divulgados. Oportunamente, serão tomadas as medidas adequadas e
convenientes", informou o gabinete de imprensa da Procuradoria, em
resposta enviada à agência Lusa.
Entretanto, um representante das Nações Unidas confirmou hoje
oficialmente que Artur Baptista da Silva, que se fazia passar por consultor da
ONU, não está ligado à instituição e acrescentou que o logótipo usado nos
cartões-de-visita está desatualizado.
Artur Baptista da Silva deu várias entrevistas à comunicação
social, apresentando-se como coordenador de um suposto Observatório Económico e
Social criado no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), informação que se veio a revelar falsa.
Numa resposta enviada à agência Lusa, Adam Rogers, responsável
pelo gabinete de comunicação do PNUD em Genebra afirmou que desconhecia o
incidente e confirmou a inexistência de ligações entre Artur Baptista da Silva
e a organização.
"O logótipo do cartão-de-visita (que Artur Baptista da Silva
apresentava nos seus contactos profissionais) já não é usado e o PNUD não
desenvolve programas nos países da OCDE (organização que reúne essencialmente
países desenvolvidos). Todos os nossos recursos são usados para promover os
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio nos países em desenvolvimento",
acrescentou Adam Rogers.
Artur Baptista da Silva, que afirmava ser também consultor do
Banco Mundial e professor de Economia Social da Milton Wisconsin University,
uma universidade que já não existe, participou também como orador convidado num
debate organizado pelo International Club de Portugal sobre a crise
europeia.
A associação admite agora recorrer aos tribunais, caso se comprove
ter sido enganada por um falso especialista.
Lusa
26.12.2012
17:42
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