«A Portugal Telecom (PT) forneceu ao Ministério Público mais dados do que aqueles que eram realmente pedidos sobre a facturação detalhada do número de telefone de casa de Paulo Pedroso. Isto deve-se ao facto de tal número de telefone ter pertencido, durante alguns anos, a uma conta da PT paga pelo Estado, uma vez que Pedroso foi secretário de Estado e ministro. (...) De acordo com informações recolhidas pelo DN, o processamento da informação, em 2003, nos sistemas da PT era automático. Isto é ao digitar um número, sobre o qual era pretendida a facturação detalhada, o programa gerava um ficheiro em que também constavam outros números do mesmo cliente. No entanto, esta informação não surge na primeira folha do programa Excel, só estando acessível mediante a supressão de filtros do programa. (...) O mesmo se depreende de um comunicado da PT (...), quando a operadora refere que "a informação foi prestada relativamente aos números solicitados, tendo sido ocultados por um filtro informático os restantes dados referentes a outros números do mesmo cliente (...)".Ao que o DN apurou, apenas dois advogados consultaram o "Apenso V". Em declarações ao DN, o advogado de Carlos Cruz admitiu que teve "durante dois dias" as disquetes no seu escritório. Ricardo Sá Fernandes disse ainda que teve uma ajuda de um técnico de informática para abrir os ficheiros.»
Carlos Rodrigues Lima, DN, 14Jan05
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